Recentemente, o CQC entrevistou de maneira totalmente desrespeitosa o deputado José Genoíno sobre o ´´mensalão´´. Acredito que, devido à
condenação do Genoíno, o repórter do CQC se permitiu abordar de
maneira debochada e humilhante o deputado. Ele pergunta coisas como:
´´você veio aqui – no Congresso Nacional – se esconder porque
na prisão é pior?´´, ´´você já sabe onde vai passar no
Reveillon…qual prisão…´´.
No início dessa
matéria, o repórter reclama do fato de o Genoíno nunca conceder
entrevistas ao programa. Ora, como eles esperam que alguém dê
atenção à uma atitude tão agressiva, raivosa e humilhante?
Imagino o que faria um dos integrantes do programa se fossem, em um
momento de seu dia, abordados da mesma maneira - aliás, isso já ocorreu e, hipocritamente, um dos membros do CQC não aceitou a´´brincadeira´´.
Talvez o leitor esteja se perguntando, goste ou não da matéria, que o programa pode fazer qualquer tipo de matéria, afinal a imprensa tem o direito à liberdade de expressão, que não pode ser limitado. Isso é um engano; nenhum direito é absoluto, pois, se assim fosse, um direito poderia anular outro: por exemplo, um racista poderia dizer que ele pode chamar um negro de macaco, já que ele tem o direito à liberdade de expressão. Isso é, claro, incorreto: assim como alguém não pode cometer racismo em nome da liberdade de expressão, o CQC não poderia abordar as pessoas de maneira vexatória e humilhadora em nome do jornalismo ou entretenimento.
Alguns podem pensar, ´´ah, mas esses corruptos tem que sofrer mesmo´´. Novamente um engano, se um político for culpado por corrupção, ele deve ser julgado e adequadamente punido. Mesmo culpado, um corrupto é um cidadão e, portanto, merece ter seus direitos – como o respeito à sua dignidade – preservados.
Partir para a lógica do linchamento, que nesse caso é psicológica, é um atentado à cidadania de quem é linchado e de quem lincha. O linchado sofre pois é punido de uma forma que em nada ajudará em sua ressocialização; o linchador se rebaixa ao recorrer a violência, um recurso desmerecido por qualquer sociedade civilizada. Sem falar que quando a sociedade se contamina por esse espírito de ódio, um inocente pode acabar sofrendo a ´´justiça´´ dos homens bons.
Enfim, a matéria é de um nível muito baixo – as coisas pioram no fim, quando a mesa do CQC entra na roda. Ao contrário do que o telespectador imagine, o Custe o que custar não se interessa realmente em melhorar a política brasileira; pois, se assim fosse, eles não resumiriam o tema da política a casos de corrupção, comentariam sobre questões mais relevantes – como a reforma política, incentivariam o debate e o respeito entre pessoas de diferentes ideologias, etc. Mas não é isso que o CQC faz, ele aborda de maneira ignorante, passional e simplista a política brasileira. Como resultado, seus telespectadores são deformados politica e civilmente; o que de nada ajuda a melhorar a situação.
Talvez o leitor esteja se perguntando, goste ou não da matéria, que o programa pode fazer qualquer tipo de matéria, afinal a imprensa tem o direito à liberdade de expressão, que não pode ser limitado. Isso é um engano; nenhum direito é absoluto, pois, se assim fosse, um direito poderia anular outro: por exemplo, um racista poderia dizer que ele pode chamar um negro de macaco, já que ele tem o direito à liberdade de expressão. Isso é, claro, incorreto: assim como alguém não pode cometer racismo em nome da liberdade de expressão, o CQC não poderia abordar as pessoas de maneira vexatória e humilhadora em nome do jornalismo ou entretenimento.
Alguns podem pensar, ´´ah, mas esses corruptos tem que sofrer mesmo´´. Novamente um engano, se um político for culpado por corrupção, ele deve ser julgado e adequadamente punido. Mesmo culpado, um corrupto é um cidadão e, portanto, merece ter seus direitos – como o respeito à sua dignidade – preservados.
Partir para a lógica do linchamento, que nesse caso é psicológica, é um atentado à cidadania de quem é linchado e de quem lincha. O linchado sofre pois é punido de uma forma que em nada ajudará em sua ressocialização; o linchador se rebaixa ao recorrer a violência, um recurso desmerecido por qualquer sociedade civilizada. Sem falar que quando a sociedade se contamina por esse espírito de ódio, um inocente pode acabar sofrendo a ´´justiça´´ dos homens bons.
Enfim, a matéria é de um nível muito baixo – as coisas pioram no fim, quando a mesa do CQC entra na roda. Ao contrário do que o telespectador imagine, o Custe o que custar não se interessa realmente em melhorar a política brasileira; pois, se assim fosse, eles não resumiriam o tema da política a casos de corrupção, comentariam sobre questões mais relevantes – como a reforma política, incentivariam o debate e o respeito entre pessoas de diferentes ideologias, etc. Mas não é isso que o CQC faz, ele aborda de maneira ignorante, passional e simplista a política brasileira. Como resultado, seus telespectadores são deformados politica e civilmente; o que de nada ajuda a melhorar a situação.
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