Recentemente
tive que ir ao Rio de Janeiro resolver alguns problemas. Desci na rodoviária
Novo Rio e segui em direção às minhas pendências.
Após tudo
ter sido resolvido, peguei um ônibus para retornar à rodoviária. Quando
desembarco desse ônibus, sou rapidamente abordado por um assaltante. ‘’Vem
comigo’’; ele tenta me puxar para um canto. Já tenso, me afasto e sigo em
direção a um aglomerado de motoristas de uma pequena rodoviária local.
Olho para
os lados e percebo que o assaltante, discretamente, espera o grupo se
dispersar. Nesse instante, um motorista próximo avisa que duas pessoas estão a
me chamar. São outros motoristas; vou em direção a eles.
Chegando
lá, eles comentam comigo que perceberam que estava sendo assaltado; perguntam
de onde sou e, sabendo que devo retornar a Novo Rio, pedem para eu entrar no
ônibus; me levariam até a entrada dela – quando, de início, estava indo pelos fundos - de ônibus, para evitar que o assaltante tentasse me seguir.
Daí tudo
correu tranqüilamente. Graças à ajuda desses, consegui evitar um assalto e,
quiçá, algo pior. Me lembro que nesse dia me senti bastante tocado pela
generosidade desses trabalhadores, que, sem me conhecer e tampouco sem exigir
algo em troca, me deram uma carona contra a tão conhecida violência urbana.
Certamente,
um ato que ficará na minha memória e que reforça minhas concepções socialistas. O povo brasileiro merece um país melhor.
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