domingo, 15 de junho de 2014

Como não estudar


A revista mente cérebro, em seu número 250, apresentou uma reportagem útil e bem fundamentada sobre métodos de estudo - que, por terem me ajudado na faculdade e nos concursos públicos, gostaria de compartilhar com vocês.

Em suma, a matéria trata de uma pesquisa feita de modo a determinar quais métodos de estudo realmente auxiliam o estudante e quais não; sendo que, no caso daquelas que funcionam, há uma hierarquia de utilidade do método - isso é mais bem explicado na matéria.

Pelo que entendi - digo isso pois acho posso ter interpretado mal alguns métodos - as duas melhores formas são:
 estudar por exercícios, que podem ser feito por nós ou já estarem prontos - como aqueles exercícios propostos no fim do capítulo. Sendo que eles devem ser feitos na mesma proporção da necessidade de se lembrar algo;
 fazer pausas no estudo é estudar com pausas, ou seja, primeiro visita-se um assunto e depois de um tempo retorna-se ao assunto. Por exemplo, para se lembrar de algo após uma semana é preciso estudar com intervalos de 12 a 24 horas - trecho da matéria.

Além disso, o estudo desaconselha uma técnica muito comum: a sublinha. Segundo ele, destacar, circular ou marcar o material é prática comum entre os estudantes. Embora seja rápida e simples, a técnica não provoca mudanças positivas no desempenho. Estudos controlados demonstraram que esse método não foi eficaz nem para estagiários da Força Aérea dos Estados Unidos nem para crianças e alunos de graduação em diversas áreas como aerodinâmica, história da Grécia Antiga ou geografia da Tanzânia. De fato, a estratégia pode prejudicar no desempenho de tarefas complexas. Um recente estudo demonstrou que sublinhar reduz a capacidade de fazer inferências(por meio de associações). Acreditamos que esse recurso chame a atenção para partes isoladas em vez de favorecer conexões entre temas. Além disso, uma vez que o texto está grifado, em novas leituras tendemos a nos apegar ao que já foi destacado, deixando de lado pontos que poderiam ser bastante importantes. Nota minha: na época que sublinhava, muitas vezes isso me consumia muito tempo, já que fazia com régua e às vezes ficava pensando se devia apagar alguma parte sublinhada.

Acho que um estudo desses é realmente importante, pois há muitos ``especialistas`` que, mesmo com boas intenções, acabam atrapalhando os estudantes em sua aprendizagem. Muitos vendem métodos miraculosos, falando coisas como ``aumente sua concentração em 95%`` ou ``potencialize seu cérebro!``, quando podem  estar fornecendo algo que mais vai prejudicar do que beneficiar o aluno - o que é complicadíssimo em caso de concursos públicos, em que a concorrência é acirrada.

Pode ser apenas uma falsa impressão, mas desde que segui as duas primeiras dicas, deixando de lado a sublinha e os resumos, senti que perdia menos tempo para estudar, sem que perdesse qualidade. Ademais, minha rotina de estudos se simplificou bastante, já que não tinha que ficar arranjando tempo para resumir um capítulo ou decidir o que sublinhar - coisas que me angustiavam bastante. Acho que valeu a pena.

Enfim, como posso ter interpretado mal o estudo - senti que certas partes estavam meio ambíguas - e como só postei algumas partes da matéria, recomendo a vocês que comprem a revista. Como é uma edição de novembro passado, é vendido no site da editora; custa apenas 10,71 - pode ser caro para alguns, mas acredito que compense.

PS - Se alguém da revista ler esse texto, por favor, não me processe. Só postei alguns trechos para ilustrar o que a matéria dizia.