sábado, 5 de outubro de 2013

Adblock!




Quem quiser se livrar da propaganda na internet, desde que use o Chrome, deveria baixar essa extensão:

https://chrome.google.com/webstore/detail/adblock/gighmmpiobklfepjocnamgkkbiglidom?hl=pt-BR

PS - O adblock barra até aquelas propagandas nos vídeos do Youtube!

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O que não está na tela



Acompanhei, desde junho, as reportagens sobre as grandes manifestações populares que ocorreram pelo país. Assim como outros, via os momentos em que manifestantes sempre terminavam por ´´depredar´´ o patrimônio público: placas de ruas, bancos, lojas, vias, etc.

Não entendia o porquê disso - poderia, afinal, haver um motivo razoável? Enfim, acabava por acreditar que havia um misto de descontrole das pessoas, algo de natureza emocional, e ações de policiais tentando tirar o crédito do movimento, ao se tentar resumir os protestos a vandalismos e saques.

Um dia desses acabei lendo um artigo na Carta na escola que comentava o assunto. Descobri que o que o jornal local, o RJTV da rede Globo, resumia a vandalismo - ou seja, algo fruto de desocupados que apenas prejudicava a ordem e o patrimônio público - era, ao menos no caso dos Black Blocks, ações políticas e que, portanto, tinha fins políticos.

Por exemplo, comentam no artigo que os bancos eram atingidos pois eram símbolos do capitalismo e, como tal, mereciam ser atacados. Outro fato interessante é que os integrantes do Black Block não se consideram violentos pois, para eles, a violência só existe quando atinge as pessoas; não objetos.

Ora, pode-se não concordar com essa tática de manifestação - eu, no caso, ainda não cheguei a uma conclusão - mas é evidente que esses indivíduos são mais do que simples ´´baderneiros´´. Mal ou bem, são cidadãos que buscam reagir a opressão - a violência do transporte, saúde, educação e segurança públicas de má qualidade, que tantos esquecem que existe apenas porque não parte de alguém concretamente, mas sim do Estado.

O que me entristece e revolta é que um jornal com tanta influência, o RJTV, não se dê ao trabalho de dar informações desse tipo aos seus telespectadores. E não são bobagens; são informações que, por formarem a opinião dos cidadãos sobre as manifestações, tem relevância na vida social da cidade e do país: se a sociedade tivesse lido o que li, talvez mais pessoas tivessem apoiado as manifestações ou ido à elas ou formado novas, e por aí vai.

Não se pode brincar com informações tão importantes, sob o risco de, a partir de interesses privados, manipular a sociedade. Infelizmente, foi o que a rede Globo, novamente, conseguiu.